quinta-feira, 22 de julho de 2010

PALAVRAS DOS MESTRES, SOBRE A ARTE DE FERNANDO LÚCIO VII







César Leal

Os textos críticos sobre a pintura de Fernando Lúcio me parecem tremendamente inteligentes e necessários. Mais do que necessários: indispensáveis – digamos assim – a uma compreensão mais completa da obra deste pintor pernambucano. Sua formação universitária, seu preparo artístico, sua dedicação e convivência com a grande tradição da pintura pernambucana iniciada por Franz Post aprofunda-se com os ensinamentos do velhos mestres fundadores de nossa Escola de Belas Artes: Mário Nunes, Balthazar da Câmara, Murillo La Greca, todos com perfeito domínio do desenho, da perspectiva, da composição”.

“No inicio do século, quando sob o efeito de Nietzsche, se inverte a oposição entre o temporal e o eterno, surgem as primeiras vanguardas, ocasião em que são postos em confronto “o mundo da verdade” e o “mundo das aparências”. Isso fez Heiddeger dizer que a “vontade de aparência, de ilusão e de mudança é mais profunda, mais metafísica do que a vontade de verdade, de realidade, de ser”. Esse primeiro momento das vanguardas foi muito produtivo, riquíssimo em estudos, como é exemplo o livro de Apollinaire sobre os pintores cubistas. Mas as vanguardas se esgotaram muito cedo e durante algumas décadas viveram na ilusão da “revolução permanente”. Mesmo assim, é inegável que a pintura “não objetiva” criou grandes obras no mundo inteiro”.

“Fernando Lúcio mostra sua força como paisagista, a excelência de sua técnica, além daquela “sensibilidade para sentir a cor e suas sutis relações no conceito amplo de composição” como viu o seu colega e também professor Isidro Queralt Prat”. (César Leal, 1995 – Recife – PE)


















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